As piores decisões de Harry Potter

 Até o Menino Que Sobreviveu não esteve sempre certo.



 Apesar de seu "status", e de ser um bruxo bastante poderoso, Harry também cometeu erros. Na verdade, alguns deles acabaram sendo mortais.

1. Sectusempra

Quando Harry escolheu o livro de Poções de segunda mão aparentemente inofensivo; nós não tínhamos ideia do quão importante ele seria. Apesar das anotações rabiscadas nas margens inicialmente irritarem ele, Harry logo percebeu seu valor. Esses atalhos acessíveis transformaram Harry em um profissional em Poções, e logo ele começou a examinar o livro sempre que ele tinha tempo livre. O Príncipe Mestiço, que escreveu essas notas, ajudou até mesmo a salvar a vida de Rony quando ele bebeu hidromel envenenado, graças à um apressado "apenas empurre bezoar garganta abaixo" no rodapé da página. Não é difícil ver o porquê de Harry acreditar nelas — todas as adições pareciam oferecer ajuda útil e não parecia ter nada de Artes das Trevas, tirando as suspeitas de Hermione.
 Harry provavelmente pensou que o feitiço Sectusempra, anotado como "para inimigos", iria botar a pessoa de cabeça para baixo ou apenas jogá-la no chão, baseado nos resultados de encantamentos anteriores. Então, quando ele o usou em Malfoy durante um confronto, ninguém estava tão chocado quanto Harry ao ver o banho de sangue resultante. Tentar um feitiço desconhecido de um autor desconhecido não foi a melhor decisão que ele já fez, mas ele definitivamente aprendeu uma lição com isso.


2. Não levar Oclumência a sério

 Harry não tinha uma afinidade natural com a habilidade especializada de Snape, e isso causou ainda mais tensão entre os dois quando Snape teve que ensinar Harry a "bloquear sua mente". Apesar disso, Harry não pode ser completamente culpado: afinal, quem alegremente deixaria alguém que eles enxergam como inimigo dentro de seus pensamentos mais íntimos? Então, ao invés de tentar fechar os vislumbres na mente de Voldemort, Harry se obcecou com eles. Ele estava convencido de que ele pode usar essa habilidade para ajudar — da mesma maneira que ele sabia que o senhor Weasley estava sendo atacado por Nagini.
 Apesar dele saber que não deveria estar fazendo isso e Hermione constantemente o alertar sobre isso, ele continuou permitindo que Voldemort entrasse. Como resultado, a mente dele é aberta para a armadilha de Voldemort quando ele o mostra uma imagem de Sirius sendo torturado. A dolorosa distorção de a missão de Harry ser "salvar" Sirius acabou na morte de seu padrinho como algo que ele nunca se perdoaria.



3. Pegar emprestado o carro voador

 Tecnicamente, essa ideia mal sucedida foi criação de Ronald Weasley, mas Harry não tentou exatamente falar com seu melhor amigo sobre voar até Hogwarts com o Ford Anglia voador enfeitiçado de Arthur. Se Harry tivesse pensado — ou (provavelmente) se Hermione estivesse com eles — sobre mandar uma mensagem a Hogwarts com Edwiges e aguardar instruções do que fazer. Mas, ao invés disso, eles decidiram fazer uma entrada.
 É claro, não demorou até que eles se arrependessem completamente daquela decisão, e isso foi antes deles baterem no Salgueiro Lutador. Se eles soubessem que sua aventura resultaria em eles perdendo a Seleção das Casas, encontrando um Snape presunçoso, quase serem expulsos e deixar o Senhor Weasley enfrentando um inquérito no Ministério da Magia, talvez eles tivessem decidido um transporte alternativo. Imprevidência é algo maravilhoso, e algo que os bruxos estão tão a mercê quanto os Trouxas.



4. Acusar Malfoy de enfeitiçar Cátia Bell

 Isso é interessante, porque Harry estava correto — Draco Malfoy estava por trás do horrível incidente, numa amedrontada e descuidada tentativa de completar sua missão para Voldemort. Mas não importa o fato de Harry estar certo, o que importa é o jeito que ele decide apresentar seu argumento — é uma decisão cheia de fúria incentivada-pelo-momento — e ele bota pra fora a acusação sem nenhuma evidência para se apoiar. Apenas dizendo que ele nunca conseguiria convencer alguém tão anti-tolices quanto a professora McGonagall.
 A tendência dele a ser cabeça-quente e impulsivo já tinha causado problemas a ele antes, e dessa vez ele não foi levado a sério. Sua rivalidade com Malfoy era amplamente conhecida pela escola, e até Rony e Hermione — normalmente seus defensores mais fieis — não acreditaram em suas teorias. Como a maioria das decisões ruins de Harry, ela nasceu de boas intenções — ele queria ter certeza que o culpado fosse pego antes que mais alguém fosse ferido.



5. Confiar no diário de Tom Riddle 

 Esse erro foi feito relativamente cedo na jornada mágica de Harry, mas considerando que ele já tinha testemunhado coisas incríveis no mundo da magia, teria sido sensato errar com cautela. Quando a Murta-que-Geme chama sua atenção para o gasto e ensopado livro no banheiro dela, o primeiro instinto de Harry é pegá-lo e estudá-lo, para o receio de Rony. Apesar dos avisos de Rony de que ele poderia ser perigoso, e suas várias anedotas sombrias envolvendo livros enfeitiçados, Harry não se convence. Ao invés disso, se perguntando se o diário tem algo a ver com a misteriosa Câmara Secreta, ele o coloca em seu bolso. Quando ele escreve em uma página e o livro o "responde", ele salta ansiosamente na conversa, e até quando o livro o dá permissão de "entrar" em uma memória, ele confia nele.
 Assim como Gina fez antes dele, ele é vencido pelo charmoso e perfeitamente comportado Tom Riddle, com uma história solitária não diferente da sua própria. É outro exemplo de como o desejo de Harry de fazer a coisa certa muitas vezes o leva ao perigo — aqui, com a possibilidade de Hogwarts ter que fechar e os ataques aos estudantes, ele queria coletar o máximo de informações que pudesse sobre a Câmara Secreta para poder ajudar.



6. Desarmar Lalau Shunpike

 A Ordem da Fênix teve a brilhante estratégia de enganar os Comensais da Morte quando tiveram que transportar Harry da casa dos Dursleys: sete Harry Potters. Como eles poderiam possivelmente saber qual deles era o verdadeiro Harry Potter? Infelizmente, no meio de todo o caos, Harry revela a estratégia quando ele percebe que o condutor do Nôitibus Andante, Lalau Shunpike, estava lutando junto com os defensores de Voldemort. Tendo conhecido Lalau quando ele estava na fuga depois de inflar Tia Guida, Harry não pode causar danos reais a ele. Seu raciocínio foi bom — e se ele estava sobre a maldição Imperius e completamente inocente de qualquer maldade? Infelizmente, o feitiço com o qual ele iria atingir Lalau — Expelliarmus — não apenas desarmou ele, mas também ajudou Voldemort a identificá-lo. Como Lupin tinha apontado, aquilo se tornou a assinatura de Harry, e o feitiço que salvou sua vida quando ele estava lutando com o Lorde das Trevas anteriormente.
 Foi uma decisão ruim da parte de Harry em termos de estratégia de batalha, porque aquilo focou toda a atenção nele e em Hagrid, algo em que a Ordem era muito forte em evitar, e aquilo colocou eles em sério perigo. Mas foi uma boa decisão para a alma e a sanidade de Harry — Harry não é um assassino, ele é um campeão dos oprimidos, e sempre tenta fazer a coisa certa. Conscientemente machucar — ou pior, matar — um inocente teria um efeito terrível nele e quem sabe, poderia ter levado ele a um caminho sombrio.



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